terça-feira, 26 de julho de 2016

[Opinião Livros] Uma Morte Súbita, de J. K. Rowling


Uma Morte Súbita, de J. K. Rowling


Editora: Editorial Presença
N.º de páginas: 496
Edição/Reimpressão: 2012

Sinopse: Uma Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J. K. Rowling, a mundialmente famosa «mãe de Harry Potter».   Acolhido com enorme expectativa, este surpreendente romance sobre uma pequena comunidade inglesa aparentemente tranquila, Pangford, começa quando Barry Fairbrother, o conselheiro paroquial, morre aos quarenta poucos anos. A pequena cidade fica em estado de choque e aquele lugar vazio torna-se o catalisador da guerra mais complexa que alguma vez ali se viveu. No final, quem sairá vencedor desta luta travada com tanto ardor, duplicidade e revelações inesperadas?Um livro a não perder.

Opinião: Esta é uma opinião para mim muito complicada de escrever, já que adoro a J. K. Rowling e o universo que ela criou com a saga Harry Potter. Foi por causa dela que peguei neste livro, e não pelo livro em si, e rapidamente percebi que estava a ler pelos motivos errados.
Numa história nada a ver com Harry Potter, J. K. Rowling apresenta-nos neste livro personagens mais adultas, mais complexas e com problemas reais. Numa pacata comunidade onde parece que nada acontece, tudo começa a vir ao de cima depois da morte de um dos conselheiros, o que obriga a iniciar uma guerra para se decidir quem fica com o lugar dele. Uma típica situação na qual a hipótese de ganho de poder e prestígio traz à tona o pior das pessoas. No entanto, apesar de esta ter sido a situação motivadora da história, foi para mim a mais desinteressante, quando havia outras com personagens mais interessantes envolvidas.
Ao longo destas páginas somos confrontados com problemas de drogas, violência doméstica, casamentos frustrantes e traições. Não é difícil para mim escolher o arco de Krystal como o meu preferido, já que com certeza esta é a personagem mais envolvente e provavelmente mais sofrida de toda a história. No entanto outros personagens conseguem alguma proximidade, tendo no meu caso isso se verificado sobretudo com os adolescentes, já que não vai há muitos anos que saí da minha adolescência. E como as histórias deles são pautadas de alguma crueldade, não dá para não sentir alguma indignação na maior parte dos casos. 
Mesmo que o livro ganhe e muito nas personagens bem caracterizadas, perde em narrativa. A escrita acaba por ser extremamente maçadora, ao ponto de eu só ter conseguido acabar o livro na terceira tentativa. Uma pessoa lê e parece que nunca sai do mesmo sítio. Depois dá a sensação de que foram metidas no mesmo saco demasiadas temáticas, que abordadas em histórias diferentes com certeza tornariam o livro menos pesado e de mais fácil leitura. Por fim, fiquei com a sensação que a própria narrativa não tem uma real razão de ser. São quase 500 páginas para se eleger um novo político, nas quais se conhece os podres da comunidade, mas que no geral não tem resolução nenhuma. Fiquei com a sensação de que estava a ler por ler e nem o final demasiado cru, que me abalou completamente, fez com que essa imagem que tinha da história fosse limpa.
Infelizmente, este não é um livro que queira voltar a ver à frente. Entretanto li outro livro da autora, fora da saga Harry Potter, mas com certeza não sou fã do seu novo estilo de escrita e não me parece que vá ler mais alguma coisa dela.


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