[Opinião Séries] Melhores estreias de 2016

Depois de ter passado pela aventura de ver todos os episódios piloto da Fall Season e ainda ter visto bastantes ao longo do resto do ano, esta lista acabou por ser incrivelmente fácil de decidir, apesar de muito boas séries terem ficado de fora. No meio de tanta boa série, algumas destacaram-se bem mais e fizeram as delícias do público em geral, deixando-nos a desejar por uma renovação e uma segunda temporada tão bem sucedida como a primeira.

American Crime Story: The People v. O. J. Simpson

O meu entusiasmo para esta série já era enorme, mesmo que se pudesse duvidar, tendo em conta que vem de Ryan Murphy e todos conhecemos o talento dele para fazer coisas bem horríveis (hallo, Scream Queens?). Admito, não conhecia o caso, e isso fez com que a experiência fosse absolutamente nova para mim, porque vibrei como se estivesse a viver as coisas na época. Os actores estão maravilhosos, os episódios bem construídos, o fio condutor não se torna maçador, enfim, não encontro um defeito que consiga diminuir a série. No final ainda fiquei surpresa com o cuidado em encontrar actores que se parecessem fisicamente com os participantes do caso na época! Enfim, é com certeza uma das séries que estou mais desejosa que  retorne.

Stranger Things

Não ter Stranger Things nesta lista seria quase um crime. A série chegou um pouco na calada mas rapidamente se tornou um fenómeno e uma das meninas queridinhas das séries deste ano. Com um ambiente obscuro , sempre a fazer palpitar a curiosidade, a série leva-nos de volta aos anos 80, causando uma enorme nostalgia naqueles que viveram esses tempos. Até eu, que ainda era um pojecto de gente na altura, me senti envolvida no ambiente. Para além disso, a história facilmente capta a atenção e faz querer devorar os episódios todos de uma vez. Os personagens são igualmente apaixonantes e tornam-se ainda mais impressionantes quando a maior parte deles são interpretados por crianças. E ainda nos traz a pequena Eleven, que com certeza foi das personagens mais marcantes do ano. Aguardando ansiosamente a segunda temporada!

Westworld

Contrariamente à série anterior, Westworld já trazia grande hype por ser a adaptação de um filme com o mesmo nome. E se já havia dúvidas em relação à série por causa de consequentes atrasos, as mesmas dissiparam-se logo após o primeiro episódio. Mesmo com alguns episódios mais difíceis de digerir, que apesar de tudo foram necessários para criar o ambiente certo, Westworld foi-se mostrando digna da fama que alcançou, terminando de uma forma absolutamente fantástica. Já o disse anteriormente e volto a dizê-lo, nota-se que a HBO investiu bastante na série e ela tem tudo para ser o próximo grande trunfo do canal. É esperar para ver o que vai acontecer a seguir, visto que a renovação já foi anunciada. 

This Is Us

Esta série não faria, à partida, o meu género e, no entanto, foi amor à primeira vista. Diferente de qualquer série que eu já tenha acompanhado, This Is Us, apresenta-nos de forma original a vida que podia ser de qualquer um. Ao cruzar linhas temporais bem diferentes, a série aconchega-nos o coração quando percebemos que coisas simples podem ter significados enormes. Para além disso, de forma delicada mas verdadeira, This Is Us aborda temas como obesidade, racismo, quedas a nível profissional e as dificuldades dos relacionamentos familiares e amorosos, deixando no entanto sempre uma esperança de que as coisas se podem resolver. Acreditem, eu não me comovo facilmente com séries, mas esta já me deixou com lágrimas nos olhos por diversas vezes. Arrisco-me a dizer que foi a minha estreia favorita de 2016.

The Night Of

Aquela que podia ser apenas mais uma série sobre casos de polícia acaba por ser uma série que toma um rumo bem mais interessante. "The Night Of" apresentou-nos o caso de Nasir, homem acusado de matar uma mulher depois de uma noite de sexo. Nasir é um jovem simples e inocente cuja transformação é evidente ao longo da série, sendo notório como a prisão pode mudar uma pessoa. Enquanto vemos a transformação de Nasir é-nos mostrada também a corrupção e os estratagemas do outro lado, do lado da justiça, bem como as ideias do próprio advogado de Nasir, John Stone. No final percebemos que a ideia nunca foi solucionar um crime e sim perceber como funciona este sistema judicial e como isso afecta as pessoas. Um excelente roteiro com brilhantes interpretações que custou para me conquistar, mas que com certeza me marcou.

Menções Honrosas

Para ser chique, vou atribuir menções honrosas! Não, não é para ser chique, é porque não considero justo colocar estas séries num top de melhores estreias, mas também não me posso permitir e não falar delas.

The OA

A Netflix terminou o ano com o lançamento desta maravilha, que me conquistou desde o primeiro episódio. A série com certeza merece estar no top de cima... mas eu não terminei de a ver, e portanto não acho justo fazer isso. De qualquer forma, The OA traz-nos um assunto que sempre nos intriga e é impossível não ser polémico: a morte e a vida após a morte. Admito que a meio da temporada ainda me sinto um bocado a nadar, mas estou muito curiosa com o desfecho desta história. E acreditem, eu, que odeio episódios muito grandes, não me incomodo minimamente com estes episódios de 1h!

Sweet/Vicious

Esta não é uma grande produção. Não teve uma publicidade louca. Não tem actores excelentes nem um roteiro brilhante. Não vem de um grande canal. Na realidade é só uma série da MTV para adolescentes. Então porque é que está aqui? Por causa da sua temática e porque, muito importante, está direccionada para adolescentes! Jules e Ophelia são duas raparigas normais que de noite assumem uma nova identidade: a de justiceiras. Depois de ter sido violada e de nada ter sido feito em relação a isso, Jules decide vingar-se dos rapazes que ela sabe que violaram outras raparigas. A série mostra como funcionam as repúblicas das universidades americanas, como estes casos de violação são encobertos e mostra, sobretudo, como é para uma adolescente ser violada e perceber que quem lhe fez aquilo não tem o mínimo remorso sobre isso. Como mulher que sou, é impossível a série não me incomodar. Desta forma, esta é uma série importante, que tenta abrir alguns olhos e expor algo de que tanto ouvimos falar mas com que raramente nos confrontamos assim na televisão.

E vocês? Viram algumas destas séries? Quais foram as vossas estreias preferidas?