segunda-feira, 8 de agosto de 2016

[Opinião Livros] Quando o Cuco Chama, de Robert Galbraith


Quando o Cuco Chama, de Robert Galbraith


Editora: Editorial Presença
N.º de páginas: 494
Edição/Reimpressão: 2013

Sinopse: Quando uma jovem modelo cai de uma varanda coberta de neve em Mayfair, presume-se que tenha cometido suicídio. No entanto, o seu irmão tem dúvidas quanto a este trágico desfecho, e contrata os serviços do detetive privado Cormoran Strike para investigar o caso. Strike é um veterano de guerra - com sequelas físicas e psicológicas - e a sua vida está um caos. Este caso serve-lhe de tábua de salvação financeira, mas tem um custo pessoal: quanto mais mergulha no mundo complexo da jovem modelo, mais sombrio tudo se torna - e mais se aproxima de um perigo terrível...

Envolvente e elegante, mergulhado na atmosfera de Londres, Quando o Cuco Chama é o aclamado primeiro romance policial de J. K. Rowling, escrito sob o pseudónimo Robert Galbraith.

Opinião: Depois da tentativa frustrante que foi ler algo de J. K. Rowling que não fosse Harry Potter, chegou a hora de pegar no primeiro livro da autora sob o pseudónimo de Robert Galbraith, numa onda mais virada ara o policial. A curiosidade era considerável, já que era um género totalmente diferente, mas por outro lado o receio de encontrar uma leitura difícil ainda existia. E com razão.
Conhecemos neste livro Cormoran Strike, o detective que vai acompanhar o leitor na série de livros que está para vir. Com a sua vida virada do avesso e com uma imagem não tão apelativa tendo em conta os padrões de beleza da sociedade, temos aqui uma personagem bem construída e que foge um pouco aos clichés. Com ele tem a sua nova secretária, Robin, com quem espantosamente não tem uma relação amorosa, pelo menos para já (mas não me admiraria se acontecesse, o que seria interessante, dadas as "diferenças" físicas de Strike em relação à maior parte dos personagens masculinos protagonistas nos livros). Juntos eles formam uma dupla dinâmica e diria imparável e é difícil não gostar deles. Mais uma vez J. K. Rowling consegue ganhar pontos na construção de personagens.
O que continua a falhar é a história. Talvez a autora não seja capaz de escrever uma história isolada? Mais uma vez senti que andei a ler 500 páginas para ver pouca coisa a acontecer. Vi novamente uns quantos temas metidos ao barulho, que isoladamente dariam provavelmente livros melhores, e uma construção de caso policial diria que rebuscado. Sinto que andei a enrolar durante imenso tempos, às voltas e voltas, para depois chegar ao fim e ter uma resolução de caso que para mim não teve lógica nenhuma e quase foi enfiada ali a pontapé com uma desculpa estúpida para dizer que estava lá o elemento surpresa. Esperava mais do final, até porque adoro policiais, e este desiludiu-me por ser tão rebuscado. 
Este foi o livro em que decidi desistir da J. K. Rowling como autora de livros que não Harry Potter. Apesar de ter gostado mais deste livro que do anterior, ainda tenho a sensação que a pessoa que escreveu uma das minhas sagas preferidas não é a mesma que escreveu estes dois livros. Talvez num futuro (acredito que não próximo), se receber boas opiniões, volte a pegar na autora, mas por agora, lamento muito, mas não dá mais.

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