segunda-feira, 11 de julho de 2016

[Opinião Livros] Duplo Crime, de Tess Gerritsen


Duplo Crime, de Tess Gerritsen


Editora: Bertrand Editora
Edição/Reimpressão: 2012
N.º de paginas: 448

Sinopse: Ao longo da sua carreira como médica-legista, a doutora Maura Isles já fez muitas autópsias, mas nunca imaginou que um dia o cadáver que veria na marquesa seria exatamente igual a si, a sua dupla perfeita. Um exame de ADN confirma o facto espantoso a Maura, que é filha única: a sósia misteriosa é, com efeito, sua irmã gémea. Ao investigar o homicídio, a detetive Jane Rizzoli irá levar Maura numa perturbadora excursão a um passado recheado de segredos tenebrosos e macabros. Maura quer saber mais sobre a família que nunca conheceu, sobre a mãe que a abandonou, a si e à sua irmã, para descobrir quem realmente é… mas estará preparada para a verdade?

Opinião: Sinto que uma das minhas maiores falhas enquanto leitora estava a ser não pegar em nenhum dos livros da Tess Gerritsen que ainda tenho por ler. Ela é só uma das minhas autoras favoritas e simplesmente genial quando se trata de escrever policiais. Então era imperativo que eu colmatasse esse erro!
Duplo Crime, ao contrário dos livros anteriores da série, é mais focado em Maura, a Rainha dos Mortos de quem pouco se sabia. E o mote para esta descoberta foi extremamente bem arquitectado: uma mulher exactamente igual a Maura, que mais tarde se descobre ser a sua irmã gémea, aparece morta. Nada melhor para se aprofundar o próprio passado do que descobrir que uma desconhecida é a nossa irmã gémea, verdade? Assim somos levados para um mundo obscuro que em nada se identifica com o que conhecemos da Dra. Maura Isles, que envolve desde crimes violentos a violência doméstica e perseguição. Foi muito interessante acompanhar este percurso de descobertas e perceber como regia a médica, que sempre foi tão séria e que em nada fazia antever quais eram os seus "precedentes".
Sou fã confessa da Jane Rizzoli do livro e foi mais uma vez um prazer ver o progresso dela, mesmo que não tivesse recebido o foco. A mulher mal encarada que tinha sempre que ser melhor que os colegas de trabalho é agora uma mulher grávida quase a ter a criança. Esperava-se que isso a fosse parar? Claro que não. Mas mesmo assim foi muito bom ver a mulher de pedra amolecer, especialmente quando o caso a atingia pessoalmente. No entanto, fiquei ainda mais curiosa para saber como vai ser esta Rizzoli com uma criança nos braços e como vai ela equilibrar o trabalho e a maternidade. Suponho que isso será mote para o próximo livro!
O caso em si começou por não me entusiasmar. Sentia que faltava ali qualquer coisa, provavelmente a genialidade de Tess Gerritsen. Felizmente, essa genialidade não tardou! O desenvolvimento do caso levou-me a ficar boquiaberta constantemente, porque simplesmente era demasiado macabro para eu conceber. E a conclusão foi absolutamente de tirar o ar, para além da ligação existente com o resto da trama.
Mais uma vez Tess Gerritsen mostrou porque é que é uma das minhas autoras favoritas. Continuo a achar que em thrillers ela é simplesmente uma das mais geniais e uma leitura obrigatória para os amantes do género.

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